Boniface Ofogo no Simpósio Internacional de Contadores de Histórias - Rio de Janeiro 2009
E-mail encaminhado por Benita Prieto:
Boniface Ofogo Nkama (http://www.boniofogo.com/ ) nascido na República dos Camarões e radicado na Espanha desde 1988, nosso convidado para o Simpósio Internacional de Contadores de Histórias (www.simposiodecontadores.com.br) que acontecerá na próxima semana, no Rio de Janeiro e em Ouro Preto, foi impedido de entrar no Brasil, no aeroporto de Confins/BH, pela Polícia Federal que alegou falta de visto, no dia 23/07/2010(sexta-feira),vindo de Madri em voo da TAP.
A Polícia Federal alega que a permissão chegou as 19h31 e o voo já havia partido as 19 horas. E novamente me disse que não se podia fazer mais nada.
Estou envergonhada e preciso tomar uma atitude, pois tenho certeza que houve PRECONCEITO COM UM AFRICANO, POR SER NEGRO E ARTISTA.
Boniface é um artista excepcional, um contador de histórias, um intelectual, um mediador intercultural, um escritor. Vinha para o Brasil para estrear no Simpósio o documentário En Memória uma homenagem a seu pai, recentemente falecido.Ele é da etnia yambasa onde seu pai era rei e o detentor da palavra, um mestre da cultura popular.E Boniface por tradição agora representa na sua etnia o que foi seu pai.
Nossa primeira ação foi entregar para um advogado todos os documentos pedindo que Boniface seja trazido ao Brasil para o evento com todo o respeito e dignidade que merece. E com um pedido de desculpas do governo brasileiro.
Peço a todos que nos apoiem enviando este email para sua rede de amigos e para todas as instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, que conheçam. E repliquem esse e-mail nos seus blogs e nas redes sociais.
Benita Prieto
Idealizadora e Produtora do Simpósio
e-mail : simposiodecontadores@simposiodecontadores.com.br
Tive o prazer de participar de workshop com Boniface Ofogo , no Simpósio de Contadores de Histórias, no Rio de Janeiro em 2009. É lamentável o ocorrido.
Recebi este comentário, que publico junto à postagem
- Anônimo disse...
- A afirmação de “…que houve PRECONCEITO COM UM AFRICANO, POR SER NEGRO E ARTISTA…” é equivocada e lesiva. Merece mais que comentários, providencias também!!! Todas as informações relacionadas ao controle migratório estão difundidas nos sites governamentais de forma a proporcionar as orientações necessárias aos passageiros e evitar transtornos. Nesta matéria, o propósito da estada do estrangeiro no Brasil era de caráter cultural, condição de artista, ou mesmo turista, sendo indispensável portar o visto correspondente conforme determina a lei 6.815/80, estatuto do estrangeiro, veja o artigo 4° e 13°. http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L6815.htm Quanto à exigência de vistos estabelecida nos acordos internacionais, o MRE disponibiliza em seu site as devidas informações. É possível constatar que, para Camarões, conforme acordo Bilateral com o Brasil, apenas os portadores de passaporte diplomático e passaporte oficial têm dispensa de visto para estada até 90 dias, o que, neste caso, não era o correspondente. http://www.itamaraty.gov.br/o-ministerio/conheca-o-ministerio/comunidades-brasileiras/divisao-de-documentos-de-viagem-ddv/regime-de-vistos?searchterm=vistos Conclusão: Para a organização de eventos no Brasil com participação de estrangeiros, recomenda-se o cuidado de atentar às leis e acordos internacionais vigentes, observando a atividade a ser exercida pelo estrangeiro e sua nacionalidade definida no respectivo documento de viagem a ser apresentado à fiscalização. A tentativa de manipular opiniões convertendo a ação fiscalizadora legítima de uma instituição oficial séria e notoriamente imparcial em ato que denota racismo, tipificado como crime, denegrindo publicamente sua idoneidade e credibilidade é fato grave, potencializado a medida que se propaga e merecedor da devida ATENÇÃO. Observem ainda que o estrangeiro está tripudiando do Brasil e Policia Federal em seus e-mails publicados. ( Que nível de cultura e filosofia é esta? Vamos exercitar nossa cidadania! E, claro, não esquecer os provocadores da injuria dirigida a autoridade que cumpriu o dever de ofício. Abraços Alvimar