Um cineasta é um contador de histórias. Eduardo Coutinho é um contador de causos, que nos convida a tomar assento em um círculo simbólico, ao redor da telona, para ouvir incríveis histórias de vida. Neste trecho de entrevista concedida a Luciana Pessanha, publicada na Revista O Globo, de 7 de março de 2010, o documentarista tece comentários bem interessantes para todos os contadores de histórias:
"Ficou claro para mim que o público sempre foi ver meus documentários porque o ato de narrar das pessoas é mágico. Por que interessa uma narração? Porque conta que matou o pai? Não é só isso. É porque a pessoa conta sua história com uma sintaxe, um vocabulário, uma força expressiva extraordinária. É um elemento ficcional, do imaginário, que é muito mais poderoso que o real. Você conta a sua infância e é uma infância que está na sua memória, feita metade de esquecimento, metade de verdade. O que é verdade ? Isso passa a ser desimportante."
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