Há 11 anos, quando estava iniciando minha caminhada contando histórias sobre a sabedoria e heroísmo dos Orixás, sentia muitas dúvidas...Teria o direito de contá-las? Estaria, inadvertidamente, faltando ao respeito para com a fé de muitos homens e mulheres? Foi quando, em uma loja de produtos naturais, conversando sobre livros com um ambientalista, fui convidada a participar do Seminário Espaço Sagrado.
Minha participação seria contar histórias para sacerdotes e sacerdotisas de tradições cujos rituais são ligados á natureza...Entre estes, sacerdotes e sacerdotisas de Umbanda e Candomblé...Que desafio!!! Ainda lembro da sensação dos intermináveis segundos entre ser anunciada e começar a contar a história.
Aquela participação, a acolhida daquelas sábias mulheres e sábios homens foi fundamental para que eu tivesse a tranquilidade em seguir com minha paixão pelas histórias da tradição yorubá e lidar com o grande desafio que é a recepção às mesmas... Sempre desejei agradecer ao ambientalista que me convidou; sempre desejei dizer-lhe dos desdobramentos daquela Roda, contar que o trabalho nutrido por aquele Seminário amadureceu, hoje dá frutos e produz sementes.
Ontem, 11 anos depois, em um Ritual da Lua Cheia, o reencontrei. Pude agradecer, de todo coração, o caminhar que foi aberto naquela floresta! Recordamos o Seminário, a sincronicidade do encontro de 11 anos atrás e já estamos traçando parcerias para novas contações. Grata Patricia Oliveira, pelo convite que me permitiu expressar toda a gratidão que sinto; grata Luciana Craveiro Vilanova por estar presente. Grata Marcelo Prazeres, dirigente do Semeadores da Luz e do Brahma Vidya, pois maravilhosos são os Caminhos!
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