"QUE A ÁGUA SEJA REFRESCANTE. QUE O CAMINHO SEJA SUAVE. QUE A CASA SEJA HOSPITALEIRA. QUE O MENSAGEIRO CONDUZA EM PAZ NOSSA PALAVRA."
Benção Yoruba

quinta-feira, julho 07, 2011

A TV, o Cordel e a Cozinheira contadora de histórias


Estou para comentar, há algum tempo, uma personagem que gosto muito da novela Cordel Encantado _ a cozinheira Maria Cesária. Em um dos primeiros capítulos da novela, Maria Cesária narrou o enredo da Megera Domada, de Shakespeare, utilizando especiarias para acentuar as qualidades dos personagens. Assim, contou que era uma vez uma moça tão doce quanto o mel (Bianca), outra moça, ardida como a pimenta (Catarina) e um moço, forte como o azeite de dendê (Petruccio).Toda a narrativa foi pontuada com a apresentação das especiarias, em uma cena plena de sabor.

Em outra cena, em um caderno no qual registra suas receitas para o corpo e para a alma, Maria Cesária cria a história de um pudim apaixonado. Senti muito a cena não ter continuidade. Esses pequenos pedacinhos de poesia têm feito o diferencial deste ótimo folhetim.
Lucy Ramos

Fiquei pensando nos estranhos caminhos que as histórias percorrem para nos encantar _ no século XXI, em mídia criada em meados do  século XX, com referências ao imaginário tão bem narrado por William Shakespeare (1564-1616) contado como se fosse no sertão brasileiro no princípio do século passado.  Senti vontade de experimentar, um dia, este estilo de contar histórias: com objetos convidando a imaginar personagens. 

Aproveito para parabenizar a atriz Lucy Ramos, pela alma de contadora de histórias e por tão encantadores momentos.

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