quarta-feira, novembro 08, 2017
Vem aí p XVII Moitará de Histórias do !Ponto do Conto, no Parque Madureira
Ponto de encontro: Pátio da Nave do Conhecimento (Portão 2)
Outra opção: Entrar pelo Portão 1 9próximo ao Madureira Shopping) e caminhar.
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terça-feira, outubro 17, 2017
quinta-feira, agosto 03, 2017
Reunião Contadores de Histórias RJ Projeto de Lei 7.323 de 2017 em Palácio Do Catete - Museu Da República.
Primeira reunião dos narradores de histórias do Rio de Janeiro para debater o PL 7232/2017. Uma reunião histórica com quem conta histórias. Tecer a unidade respeitando a diversidade é tarefa trabalhosa e prazerosa! Foi um encontro rico, maduro, democrático...Daqueles que dá honra em dizer: "Eu estava lá! Eu participei!". Teremos a próxima na semana que vem, terça-feira dia 08/08 às 14:30h, no auditório do Museu da República.
Em breve postarei o documento a ser redigido pelo grupo.
Aqui está o link para o grupo no Facebook com alguma discussão e informes sobre o tema. O ideal, contudo, é acompanhar, presencialmente, os debates em sua região.
Regulamentação da Profissão do Contador de Histórias
quinta-feira, fevereiro 09, 2017
O Caminhante
O ciclo tem como objetivo promover o diálogo entre a Arteterapia e os saberes plurais presentes nas diversas matrizes culturais que, alternativos à Ciência moderna ou articulados à ela, formam uma Ecologia de Saberes. Para Arteterapeutas, acrescenta um caminho para o trabalho com suas próprias imagens e para a compreensão dos significados coletivos de símbolos materializados no setting arteterapêutico.
Cada módulo, sempre mediado pelo campo simbólico da mitologia afro-brasileira, abordará um tema caro a nós, arteterapeutas, professores e professoras, contadores e contadoras de histórias comprometid@s com a diversidade humana,
Em O CAMINHANTE teremos encontros teórico-vivenciais em torno do campo simbólico do orixá EXU. Aproximo-me deste campo, com profundo respeito e admiração. Reconheço, neste saber sistematizado através de histórias, cores, sons, sabores e gestos, uma narrativa arquetípica e uma prática ecológica que, como cidadã e arteterapeuta, considero fundamentais para a construção de uma ética planetária.
Ao longo de dois encontros serão trabalhados três eixos temáticos: Exu como possibilidade de um novo paradigma de conhecimento; como expressão nas artes e nas culturas; e como desafio na práticas arteterapêutica e educacional.
Dias 16 e 23 de março
Das 14h às 17h
Local: Ateliê Eliana Ribeiro - Estrada do Galeão - Ilha do Governador - Rio de Janeiro
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES PELO E-MAIL
lianrib@gmail.com
Inscrições até 12 de março
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quarta-feira, outubro 26, 2016
terça-feira, outubro 25, 2016
XII Congresso Brasileiro de Arteterapia - Salvador 13 a 15 de outubro
Apresentação do tema: Onde os caminhos se cruzam: a construção de uma Ecologia dos Saberes. |
Nesta apresentação, tomei como ponto de partida duas citações de Boaventura Souza Santos:
•“Toda experiência produz e reproduz conhecimento e, ao fazê-lo, pressupõe uma ou várias epistemologias. Epistemologia é toda a noção ou ideia refletida ou não, sobre as condições do que conta como conhecimento válido. É por via do conhecimento válido que uma dada experiência social se torna intencional e inteligível.” (Santos, 2009)
•“...temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades.” (Santos, 2003)
A partir dessas premissas, apresentei as possibilidades e os desafios para o trabalho de narrativas míticas de matriz yorubá em processos arteterapêuticos.
Trabalho em São Luís
Logo após entregar a versão definitiva, encadernada e engalanada da tese, fui convidada por Cláudia Brasil e André Lobão para trabalhar um módulo na primeira turma de Formação de Arteterapeutas de São Luís. Foram quatro dias intensos, em pleno São João, visitando barracões de Bois e terreiros de Encantaria para debater todo este caldeirão de experiências á luz da prática arteterapêutica. À Cláudia e ao André, agradeço o convite e a confiança. Ao grupo delicioso de arteterapeutas em formação de São Luís do Maranhão, grata pela acolhida e entrega às propostas.
GRUPO DE ARTETERAPEUTAS EM FORMAÇÃO DE SÃO LUÍS REUNIDOS NO BARRACÃO DO BOI DE APOLÔNIO |
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Notícias da tese
Finalmente doutora!
Após um ano de 2015 extremamente triste em seu final, quando minha querida orientadora tornou-se encantada, juntei o que me restava de forças para terminar a tese e defendê-la. Sou imensamente grata à profa. dra. Silvia Balestreri Nunes, minha co-orientadora, pela orientação e pelo acolhimento na dor. A banca, composta pelos profs. drs. Samira Costa, Cláudia Miranda, Gabriel Jardim, Catalina Revollo, Cláudio Cavas, Tânia Maciel (que afetuosamente assinou a tese, permitindo contudo, que para fins de registro fosse mantido o nome de minha querida e saudosa orientadora Maria Inácia D'Ávila Netto) agradeço pela acolhida generosa à minha pesquisa e pelos comentários que tanto a engrandeceram e apontaram múltiplos caminhos para se desenvolvimento.
Aqui vai o link para a tese cujo título título é: Poéticas Políticas:O Teatro do Oprimido como ferramenta de reflexão para a prática da pesquisa psicossocial
Aqui vai o link para a tese cujo título título é: Poéticas Políticas:O Teatro do Oprimido como ferramenta de reflexão para a prática da pesquisa psicossocial
sábado, agosto 01, 2015
Círculos e espirais
Há 11 anos, quando estava iniciando minha caminhada contando histórias sobre a sabedoria e heroísmo dos Orixás, sentia muitas dúvidas...Teria o direito de contá-las? Estaria, inadvertidamente, faltando ao respeito para com a fé de muitos homens e mulheres? Foi quando, em uma loja de produtos naturais, conversando sobre livros com um ambientalista, fui convidada a participar do Seminário Espaço Sagrado.
Minha participação seria contar histórias para sacerdotes e sacerdotisas de tradições cujos rituais são ligados á natureza...Entre estes, sacerdotes e sacerdotisas de Umbanda e Candomblé...Que desafio!!! Ainda lembro da sensação dos intermináveis segundos entre ser anunciada e começar a contar a história.
Aquela participação, a acolhida daquelas sábias mulheres e sábios homens foi fundamental para que eu tivesse a tranquilidade em seguir com minha paixão pelas histórias da tradição yorubá e lidar com o grande desafio que é a recepção às mesmas... Sempre desejei agradecer ao ambientalista que me convidou; sempre desejei dizer-lhe dos desdobramentos daquela Roda, contar que o trabalho nutrido por aquele Seminário amadureceu, hoje dá frutos e produz sementes.
Ontem, 11 anos depois, em um Ritual da Lua Cheia, o reencontrei. Pude agradecer, de todo coração, o caminhar que foi aberto naquela floresta! Recordamos o Seminário, a sincronicidade do encontro de 11 anos atrás e já estamos traçando parcerias para novas contações. Grata Patricia Oliveira, pelo convite que me permitiu expressar toda a gratidão que sinto; grata Luciana Craveiro Vilanova por estar presente. Grata Marcelo Prazeres, dirigente do Semeadores da Luz e do Brahma Vidya, pois maravilhosos são os Caminhos!
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domingo, junho 21, 2015
Os donos da verdade - Luiz Antonio Simas
Esta é uma de minhas histórias preferidas. A epistemologia decolonial, que preconiza a localização do pesquisador, narrada pela tradição iorubá, por este conto/mito de Exu. Laroyê!
Luiz Antonio Simas é um de meus intelectuais favoritos, pois sua narrativa vem da encruzilhada, este lugar epistemológico que ainda precisamos descobrir e assumir.
http://odia.ig.com.br/diversao/2015-06-20/luiz-antonio-simas-os-donos-da-verdade.html
Luiz Antonio Simas é um de meus intelectuais favoritos, pois sua narrativa vem da encruzilhada, este lugar epistemológico que ainda precisamos descobrir e assumir.
Luiz Antonio Simas: Os donos da verdade
Em tempos intolerantes, escutem a lição de Exu e ensaiem outras miradas antes de matar ou morrer por crenças
O DIA
Rio - Contam os iorubás que o orixá Exu um dia resolveu desafiar dois sabichões arrogantes na praça do mercado. Eles garantiam, cheios de teorias, conhecer a verdade sobre determinado acontecimento que abalou o povo. Exu afirmou aos doutores que o dono da razão é aquele que consegue dizer qual é a cor do gorro que ele leva na cabeça. Feito isso, Exu colocou os sabichões em lados diferentes da feira e passou pelo meio deles, gingando ao som dos tambores ancestrais. Acontece que a carapuça do orixá era vermelha de um lado e preta do outro. O que olhou Exu pela direita enxergou o filá preto; o que o olhou pela esquerda viu um gorro vermelho.
Um não admitiu que o outro pudesse estar certo e os dois acabaram se matando em nome da verdade absoluta. Exu soltou a gargalhada zombeteira e seguiu seu caminho, em busca de um bode para descarnar, realizando assim uma de suas funções mais sofisticadas: a de gerar a confusão que, no fim das contas, nos redime e ensina.
A polêmica que envolve a verdadeira cor da carapuça de Exu, o andarilho, destrói a pretensão dos sábios em relação ao domínio da verdade. Ela expõe ainda a sofisticada e ancestral visão de Ifá — o corpo literário com os poemas iorubás da criação — sobre versão dos fatos, questionamento da verdade histórica e disputa pela narrativa; temas tão presentes nestes tempos em que todos parecem dispostos a matar e morrer por crenças e certezas.
A respeito desses babados, li boas reflexões de gente citando Nietzsche, Derrida, Foucault etc. Quero, com este texto modesto, contribuir de mansinho, na quebrada dos tempos, citando a minha maior referência no campo da teoria da História. Já que sou adepto da epistemologia da macumba e tenho por hábito olhar o mundo a partir das encruzilhadas, revelo: Elegbara, mais conhecido como Exu, é o meu teórico do conhecimento predileto.
O fato é que o compadre — um craque nas questões que coloca em suas aventuras — já tinha exposto antes dos alemães e dos franceses esse problema da verdade dos fatos com grande competência.
Fica a dica para tempos difíceis e intolerantes: escutem a lição de Exu e ensaiem outras miradas antes de arrotar sentenças, matar ou morrer por causa de alguma verdade indiscutível. E dancemos enquanto os atabaques tocam.
Um não admitiu que o outro pudesse estar certo e os dois acabaram se matando em nome da verdade absoluta. Exu soltou a gargalhada zombeteira e seguiu seu caminho, em busca de um bode para descarnar, realizando assim uma de suas funções mais sofisticadas: a de gerar a confusão que, no fim das contas, nos redime e ensina.
A polêmica que envolve a verdadeira cor da carapuça de Exu, o andarilho, destrói a pretensão dos sábios em relação ao domínio da verdade. Ela expõe ainda a sofisticada e ancestral visão de Ifá — o corpo literário com os poemas iorubás da criação — sobre versão dos fatos, questionamento da verdade histórica e disputa pela narrativa; temas tão presentes nestes tempos em que todos parecem dispostos a matar e morrer por crenças e certezas.
A respeito desses babados, li boas reflexões de gente citando Nietzsche, Derrida, Foucault etc. Quero, com este texto modesto, contribuir de mansinho, na quebrada dos tempos, citando a minha maior referência no campo da teoria da História. Já que sou adepto da epistemologia da macumba e tenho por hábito olhar o mundo a partir das encruzilhadas, revelo: Elegbara, mais conhecido como Exu, é o meu teórico do conhecimento predileto.
O fato é que o compadre — um craque nas questões que coloca em suas aventuras — já tinha exposto antes dos alemães e dos franceses esse problema da verdade dos fatos com grande competência.
Fica a dica para tempos difíceis e intolerantes: escutem a lição de Exu e ensaiem outras miradas antes de arrotar sentenças, matar ou morrer por causa de alguma verdade indiscutível. E dancemos enquanto os atabaques tocam.
http://odia.ig.com.br/diversao/2015-06-20/luiz-antonio-simas-os-donos-da-verdade.html
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